sábado, 31 de março de 2012

Serra da Cabreira

Decididamente valeu a pena!
Valeu a pena pensar em visitar a serra onde nasce o “nosso” Rio Ave.
Valeu a pena dedicar muitas horas a desenhar e planear este passeio.
Valeu a pena acordar mais cedo para a concentração da Tribo e seguir de carro para Vieira do Minho para dar início às primeiras pedaladas do dia.

E o caminho começou mesmo por… estrada! E a subir (como alguns gostam!…), umas mais íngremes que outras… O clima e a temperatura ambiente ajudavam, com arvoredo em redor da estrada a amortecer os raios de sol que se intensificavam a cada pedalada… Finalmente chegou a hora do primeiro reforço e a subida do dia tinha terminado.

Surgiam então na paisagem vários argumentos para os fotógrafos não pararem de trabalhar… Meia dúzia de quilómetros no estradão permitiram aumentar o ritmo e levantar poeira até à Ponte de Zebral onde brilha majestosamente a Cascata do Caldeirão. Pouco depois, as águas cristalinas do riacho faziam as delícias das objetivas sob o olhar atento de um velho moinho de água no seu leito.

Mais cinco quilómetros a dar ao pedal e atingíamos um ponto de honra: Sessão fotográfica junto à cara de um índio esculpido num rochedo! Um marco que os Índios do Monte registaram com imenso agrado!
Retomado o andamento, retomadas as subidas e a interrupção para… “hora de almoço”! Refastelados à sombra, no meio do nada sob a tranquilidade da serra, os índios reforçavam o corpo com a energia das sandochas, dos panados, das coxas de frango, das peças de fruta, dos donuts, das cervejas, etc… etc… etc…

Ascendendo pela serra durante cerca de uns quatros quilómetros, chegamos ao ponto mais alto deste passeio, acima dos mil metros de altitude. A partir deste ponto acentuavam-se as descidas, interrompidas para banhos no Rio Ave! Repito… para banhos no Rio Ave! Habituados a vê-lo completamente poluído no nosso dia a dia, até soa mal dizer que alguns índios se banharam neste rio, mas nos primeiros quilómetros de vida do Ave é possível vê-lo limpo, deslumbrante e trajado num belo fato de águas límpidas e refrescantes. No lugar de Lobazes, na Serra da Cabreira, concretizamos um sonho e mergulhamos no Rio Ave!

De regresso ao caminho, e tomando um desenho arriscado no Google Earth, os trilhos mais técnicos faziam-se notar até à ponte romana de Agra, sobre o Rio Ave, junto à aldeia do mesmo nome. Apesar de fugaz, a passagem por Agra mostrou-nos uma aldeia típica que reflete a memória viva do Minho rural, banhada pelo Rio Ave que lhe confere um cenário paisagístico excecional com pequenas pontes, cascatas e lagoas que justificam paragens mais prolongadas…

No regresso a Vieira do Minho e a anteceder o retorno a casa, apareceu um pequeno lanche improvisado: chouriço e azeitonas made by Penouço e um delicioso bolo oferecido à tribo pela esposa do Nuno (em nome dos Índios do Monte o nosso imenso obrigado!).
A terminar o dia, já no Ninho dos Índios, assinalamos a passagem de mais um aniversário do índio Carneiro (Parabéns!!!) e sublinhamos o prazer de um dia muito bem passado…


domingo, 25 de março de 2012

A Foz antes de ir à Nascente

Num momento em que se aproxima uma visita à serra onde nasce o Rio Ave e de forma a evidenciar as suas diferentes faces, a Tribo promoveu um passeio a acompanhar parte dos últimos quilómetros deste rio que desagua no Oceano Atlântico, a sul de Vila do Conde.
Os trilhos escolhidos já foram em grande parte percorridos pelo grupo e permitiram um andamento mais rápido devido ao seu trajeto praticamente plano. Fugindo um pouco ao plano traçado, os Índios do Monte percorreram em Tougues parte da pista onde decorreu no passado fim de semana a terceira prova da Taça de Portugal de XCO (Cross Country Olímpico) num traçado apimentado com muitas descidas e saltos…
Com o Rio Ave a mandar no percurso, o grupo desaguou na praia para o necessário reforço de energias e regressou a casa com mais de 50 quilómetros na bagagem…
Depois da Foz, venha depressa o passeio à Nascente...



domingo, 18 de março de 2012

Aniversário do Visconde

Ao longo da última semana alguns elementos inquiriam-me sobre o título do passeio programado para este Domingo: “Aniversário do Visconde”. Houve quem perguntasse se haveria algum visconde nos Índios do Monte ou se esse visconde apareceria para pagar as bebidas no fim do passeio.
A 16 de março de 1825 nasceu em Lisboa um dos escritores mais marcantes da literatura portuguesa contemporânea, Camilo Castelo Branco, 1º Visconde de Correia Botelho (título concedido pelo rei D. Luís). A data do seu aniversário foi um pretexto para pensar num passeio que assinalasse esta efeméride com uma passagem junto à Casa de Camilo, em São Miguel de Seide.
Depois de cerca de uma dúzia de quilómetros percorridos apercebi-me que cometera um erro logo no início deste passeio, ao tomar o sentido inverso ao planeado durante a semana e cujo desenho estava guardado no gps. Consciente que o sucesso do passeio havia ficado comprometido pela má opção, sugeri ao grupo um atalho pela estrada nacional até Joane com o propósito de desfrutar de trilhos completamente novos para os Índios do Monte.
Na paragem para o lanche em Mogege, ao quilómetro 25 deste passeio, alguém me dizia que “isto de andar a fazer estrada não é a nossa onda mas este treininho fica-nos no corpo e só nos faz bem…” :)
A partir deste momento o passeio mudou completamente e a subida até à Capela no Monte de Santa Tecla revelar-se-ia premonitória para os belos quilómetros que se seguiram. Realmente os trilhos entre Castelões e Oliveira de Santa Maria confirmaram a ideia de que valeu a pena ir para aqueles lados tão desconhecidos da tribo…

domingo, 11 de março de 2012

Subida à Assunção e Descida para a Rabada

As auscultações feitas durante a semana resultaram numa ideia de se planear uma incursão ao Monte de Nossa Senhora da Assunção.
Com pedaladas aceleradas, o pelotão composto por 20 elementos rumou a Santo Tirso para apanhar o comboio, ou melhor, o track desde Burgães até ao Santuário. Apesar de terem sido apenas cerca de 4 quilómetros de subida, este trajeto foi bastante agradável e cheio de belos cenários. Depois da paragem para o reforço de energias no recinto, a Tribo entrou nos trilhos descendentes, com as incursões na pista de Downhill a incentivar os mais destemidos.
Após vários quilómetros de descidas o grupo perdeu-se no Parque Urbano da Rabada devido ao aglomerado de pessoas que causavam distrações visuais aos elementos, aliado aos problemas mecânicos que entretanto surgiram e que adiaram a hora de chegada a casa…
O regresso ao Ninho dos Índios ficou marcado pela comemoração da passagem de mais um aniversário de um elemento da tribo (Parabéns Nuno!).

domingo, 4 de março de 2012

Balasar à chuva

Os planos delineados para este dia assentavam num trajeto desde Ribeirão até aos Moinhos de Paradela. No entanto, a suspeita de uma comemoração pela passagem de aniversário de dois elementos da tribo aliada à chuva que apareceu neste Domingo condicionou a realização do passeio.
Pelos terrenos sobejamente conhecidos de Balasar, o grupo matou saudades da chuva e dos pisos escorregadios e cheios de água recorrendo esporadicamente a um ritmo muito “esticado”.
Neste regresso dos Índios do Monte aos trilhos enlameados, uma das notas do dia envolveu uma disputa taco a taco entre o Capitão Freitas e o Hugo para levar para casa a taça “Queda da Jornada”... E neste momento ninguém sabe quem ganhou!
No fim, no Ninho dos Índios, os prometidos pratos de moelas deliciaram os últimos resistentes do grupo, numa confraternização alusiva aos aniversariantes Gusto e Hugo (Obrigado, Parabéns e Votos de muitos e bons anos de convivência!)

Balasar à chuva from Indios do Monte on Vimeo.