domingo, 25 de outubro de 2009

Montes de humidade

Finalmente um dia de Outono a cheirar a Inverno… E às primeiras ameaças de chuva e de névoa intensa, 14 valorosos Índios do Monte responderam afirmativamente à lista de presenças e largaram o ponto de encontro no Café S.José para enfrentarem trilhos traiçoeiros camuflados pelas águas sujas e pelas lamas…

À visibilidade diminuta resultante das adversidades, o grupo sorriu como se tratasse de um dia de sol e optou por caminhos anteriormente examinados de forma minuciosa mas agora inundados, rolando entre Aldeia Nova, Fradelos, Balasar e Bagunte.
Cada vez mais amadurecidos pela experiência adquirida desde a sua formação, os Índios do Monte aliaram a perícia à capacidade de ultrapassar desafios e superaram todas as dificuldades criadas pela Natureza, transformando esta aventura numa exibição imaculada das suas capacidades técnicas.

Não poderia deixar de parabenizar o sucesso do Francês neste dia, em que pela primeira vez dobrou o seu Cabo das Tormentas, na sacrificante subida do Moinho do Vento ao regressar a Aldeia Nova. A partir daquele momento, a consciência do seu poder ultrapassará sempre as limitações físicas inerentes à sua coluna.
Nota importante da jornada foi a total ausência de acidentes, tornando este dia chuvoso num registo pleno de contentamento e diversão, culminado com o retorno ao Café S.José para uma recepção adornada com uns petiscos oferecidos pela dona Lurdes (a ela um OBRIGADO por parte dos INDIOS!).

domingo, 18 de outubro de 2009

Terras de S. Gonçalo

Para gáudio de alguns elementos, os Índios do Monte (& Friends!) rumaram a sul e apontaram as bikes para o concelho da Trofa.
Os primeiros trilhos, junto às margens do Rio Ave, serviram para fomentar o lento despertar do grupo num dia solarengo e frio. As características singulares deste percurso inicial proporcionaram um andamento atrevido mas seguro até ao seu término.

As pedaladas que se seguiram endereçaram o grupo para terras de S. Gonçalo (Covelas e arredores), promovendo alguns desafios às leis da cinética e da gravidade :-)
(certo Gusto????)…

A sugestão seguinte indiciou uma visita ao Aeródromo de Vilar de Luz (Maia). O ritmo alucinante proporcionado pelo terreno plano ou descendente que encontrámos nesta zona desapareceu logo que encarámos a primeira subida acentuada, um doce para os índios trepadores…
Alguns metros depois, o grupo enfrentou o desafio da jornada: uma subida brava que mais se assemelhava a uma parede de terra e pedras… A alegria deu lugar ao sofrimento e perante um esgar de dor, o conjunto agregou forças e enfrentou a “fera”, saboreando finalmente a glória, e parando de seguida para um reforço de energias antes de alcançarmos o aeródromo.

O retorno a casa, como sempre, culminou com o merecido descanso na esplanada do Café S. José afim de reforçar o reforço de energias entretanto gastas no regresso a Aldeia Nova…


domingo, 11 de outubro de 2009

Monte S. Félix

O percurso nem carecia de comentários… no entanto, a necessidade de transmitir o estado da alma petrificada pelo asfalto e pelos trilhos urbanos obriga-me a soltar aqui algumas notas.
Os Índios do Monte deixaram Aldeia Nova no sentido ascendente, com rumo incerto, pelo lado da Cerejeira, passando por Fradelos para largar o monte e arrasar nas estradas com penosas pedaladas pelo concelho da Póvoa de Varzim.

Felizmente a diversão emerge sempre… e mesmo a contra-gosto pelas agressões a que sujeitamos as nossas bikes do monte, foi com regozijo que subimos o ancestral Monte de S. Félix (202 metros) para encarar a paisagem fulminante que acaricia o mar da Póvoa, num cenário perfeito para o reabastecimento de energias.

domingo, 4 de outubro de 2009

Bravura

“Puta pá, tou todo roto…”. Este desabafo com que o Mantorras nos saudou no alto do Moinho de Vento (com quase 40 km percorridos) reflecte bem o estado físico dos Índios do Monte após mais uma jornada de grande intensidade, com algumas subidas complicadas (e outras intransponíveis!...).
O traçado proposto previa a passagem pela pista de DH junto ao Centro de Valorização de Resíduos Industriais Banais de Famalicão, no Monte do Xisto, em Fradelos. No entanto a nossa transição pelo local não coincidiu com qualquer prova ou treino da modalidade, revelando-se ingrato o nosso esforço de acesso ao monte.
Os quilómetros que se seguiram levaram-nos até Balasar pelo trilho que colide com o Rio Este, com alguns singletracks técnicos que tornam o percurso tentador a pedaladas mais arriscadas… Felizmente ninguém se magoou, apesar de chegarmos tatuados com alguns grafites provocados pelas silvas que teimavam em tentar impedir a nossa passagem…
A saída de Balasar fez-se pela ciclovia Póvoa-Famalicão a um ritmo alucinante, concluído com a saída para as entranhas do monte para enfrentar mais algumas subidas acutilantes, num regresso ao Monte do Xisto e, de seguida, retornar ao ponto de partida, em Aldeia Nova, para o usual reforço energético e natural narrativa das aventuras precedentes numa jornada de grande bravura…