Com muitas reticências colocadas ao longo da semana por vários elementos da Tribo, 10 índios destemidos seguiram o guião estabelecido para 2017 e participaram no 1º Episódio do “Ataque às Vertigens”.
Com o pelotão a ficar completo no ponto de encontro
combinado na cidade da Lixa, o grupo seguiu até Amarante onde se iniciou a épica
jornada da Tribo.
Ainda não tínhamos aquecido os músculos e tornava-se
obrigatório parar em frente à mítica Igreja de São Gonçalo, ex-libris da cidade
de Amarante, com vista privilegiada sobre o Tâmega.
Os primeiros 10 quilómetros, com sentido ascendente até ao
marco geodésico de Sanche, foram um preâmbulo para o que apareceria mais tarde…
Assim o grupo aproveitou para o primeiro reforço de energias… e em vários momentos
a Tribo mirava boquiaberta as paisagens do Marão coberto de neve.
O aparecimento de um trilho descendente com cerca de 2
quilómetros serviu para atenuar o esforço despendido e enganar a mente antes de
apontar as bikes definitivamente em direção ao céu…
Pedalada após pedalada, com a neve cada vez mais próxima, a
Tribo interrompeu a escalada de forma a evitar o frio para mais um reforço
energético…
E pouco depois alcançávamos o parque de merendas da Lameira, camuflado
pela neve, com o terreno, as mesas e bancos de pedra esbranquiçados.
A partir deste momento, a cada metro percorrido,
acentuava-se o declive ascendente e o manto branco tornava o cenário ainda mais
deslumbrante.
A subida final até ao Parque Eólico de Pena Suar mais parecia uma
pista de esqui que até a pé se tornada difícil de trepar… e para espanto de
todos um elemento enfiou as garras no terreno e pedalou montanha acima! Bravo
Kita!
Reinava na Tribo a vontade de registar cada momento vivido nesta
aventura épica e foram constantes os agradecimentos celestes pela bênção de um
tempo a roçar a perfeição! (1 milhão de LIKES para S. PEDRO!!!)
Chegara o momento de descer abruptamente a montanha em
direção a Campanhó, surgindo neste percurso a possibilidade de levantar voo e
consequente aterragem forçada do Carvalho, antes de chegarmos a Tijão…
Aproximava-se mais um momento alto deste passeio! Após
descer um trilho em ziguezague com uma calçada atípica pelas entranhas da
aldeia, o grupo alcançava a ponte de arame sobre o Rio Olo… Mais um momento
fantástico!
Foi necessário penar mais um pouco para subir o trilho que
nos conduziu até Rebordelo e após mais uma descida vertiginosa logramos
alcançar o Rio Tâmega! Já tínhamos avistado do outro lado do rio a Ecovia que
nos levaria a Amarante. E desagradavelmente observamos que a ponte de arame que
ligava as freguesias de Rebordelo e Lourido se encontra encerrada devido ao seu
elevado estado de degradação.
E na ausência de outra alternativa a Tribo viu-se obrigada a
penar novamente para subir o trilho de regresso à freguesia onde um habitante
foi autuado pela autoridade presente no pelotão para apresentar na autarquia uma
reclamação pela falta de sinalização da zona.
Restava ainda a subida pelo asfalto até Fridão de forma a alcançar
a estrada que nos conduziu aos carros…
Para terminar em beleza a Tribo juntou-se na Lixa para um pequeno convívio que serviu também para retemperar todas as energias despendidas nesta aventura…